We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.
/
  • Streaming + Download

    Includes unlimited streaming via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    Purchasable with gift card

      €10 EUR  or more

     

1.
Asas de metal num pote de geleia Sobram paus de incenso no altar da minha veia Cravo e canela ao longo da estrada Entre as brumas da memória não há rede não há nada Enquanto dura o teu engano Enquanto a névoa beija o teu silêncio Bate veloz o coração de enxofre até ao infinito O anjo cego desenha cruzes no paraíso perdido A minha cara é um retrato a preto e branco O sonho inventado dilui o meu olhar No som roubado na dor sem cessar Fujo do corpo parasita no dia do juízo final Vou ao céu mas já não volto no dia do juízo final Não mais deixarei de bater à tua janela
2.
Na voz que não se cala No olhar que não sente Grita dor que não fala Saudade consciente No homem que nada sabe No homem que acredita Mora o peito que se abre Consciência infinita Ninguém nos cala nunca Nação valente sonha o mito Estou vivo não desisto Todos para frente atrás do grito Estou cercado mas insisto Vejo o paraíso na palma da mão Estou seguro tudo sei Todos atentos a rasgar o chão Estou certo lutarei Ninguém nos cala nunca Sobra a raiva que nos quer Presos enfurecidos No chão onde comemos Migalha que não há Grita a alma tudo temos Liberdade já Ninguém nos cala nunca Liberdade já Voltem para as vossas celas Não ofereçam resistência
3.
Epitáfio 05:23
Desenha o mapa do tesouro, horizonte barroco sugestão Quero fugir daqui numa caravela de chumbo Risca o mapa secreto, missal amarelado Quero beijar a morte aparente num berço inocente Alma dor, num cálice de lata Morte dor, raio de nada Frio medo, bala de prata Sombra medo, sala dourada Rasga o livro dos mortos Quero nascer outra vez Sopra uma luz no olhar, alguém diz sou eu Quero morrer numa cela aberta Alma dor Morte dor O mundo é deus reflexo Profetas não sabem O mundo é átomo raio Futuro passado não mentem O mundo é pai e mãe e mais nada Anjos diabos não querem Desmaio culpa O mundo é deus e o seu contrário E o seu contrário
4.
Salão Azul 03:16
5.
Rouge 07:58
Vem comigo a um museu de cera e rouge Dançar uma valsa sem espelhos nem dor Ébrios de amor caímos ao céu Espero por ti aqui Dou-te a mão cheia de carícias Dedos desejosos estou vivo em ti Voamos longe um no outro assim Espera por mim aqui Os nossos corpos explodem No ardor das carnes Chega-me o teu olhar No lençol que nos cobre Canta-me não importa o quê Chega um beijo e um segredo ao ouvido Abraça-me no desmaio e Diz que as histórias são sempre assim Diz-me que as histórias são sempre assim
6.
Há um barco que dispara na banheira do leva o vento Vejo vinte mil turcos que me esperam Nos vales da sala de estar Tenho uma espada de pau e uma vassoura Que monto para a batalha Rezo de olhos fechados a lei marcial Dos cavaleiros da cruz Há um doido que é rei Preparado para gritar Vejo um galo de luta vestido Para matar com amor Tenho saudades do coldre de plástico Seguro com um cordel Rezo lágrimas da terra da luz Terra do santo que chora Muito caminhei ao vento, sozinho como um velho Sinto a morte sem rosto que me ilude ao espelho Há um destino sangue beato no império português Vejo no regaço da rainha pães e lego Iluminura céu sem chão Muito me perdi no sonho Herói como um garoto Sinto na alma a luz Acordo e estou morto Muito caminhei ao vento Sozinho como um velho Sinto a morte sem rosto que me ilude ao espelho
7.
Mar 07:58
Deus salve quem foge da água benta impossível Aqui no promontório de Sagres Onde o céu e o mar Se confundem no olhar Chão da pátria, marés Sofisma, ilusão Murmúrio, saudade Deus salve quem mata a alma digna valente Aqui no promontório de Sagres Onde as sombras inquietas se confundem na dor Céu da pátria, luz Mentiras, verdades Sussurro e rancor Deus salve quem esquece o mar que não se vê Deus salve quem quer o mar que não existe No promontório de Sagres Onde as línguas bastardas se confundem no segredo Espelho da memória Deus salve quem dorme no ventre quente de Vénus No promontório de Sagres Onde o ódio e o amor se confundem no regaço Noite embalsamada Deus salve quem grita As trevas voltaram Aqui no promontório de Sagres Onde os que vencem se confundem No milagre as mãos não acenam Fatia de mar veneno, noite encantada Deus salve quem mente As idades não gritam Aqui no promontório de Sagres Onde o tempo e o espaço se confundem No rumo, bandeiras ao vento castelo de areia Anátema cegueira, silêncios rebeldes Deus salve quem nasça neste mar derrotado Deus salve quem viva neste mar revoltado Deus salve quem cresça neste mar vagabundo Deus salve quem morra neste mar tão profundo Deus salve quem esquece o mar que não se vê

credits

released January 8, 2019

Sopas de Chavalo Cansado são:
Bruno Figueiredo – voz
Cláudio Campos – baixo
Daniel Torgal – bateria e percussões
Duarte Ribeiro – guitarra

Músicas por Sopas de Chavalo Cansado
Letras por João Ribeiro
Gravado por Sebastião Santos e Manuel Belo nos Estúdios BKK
Misturado e masterizado por Daniel Torgal
Conceito gráfico por Sopas de Chavalo Cansado, Hélio Arcanjo e João Ribeiro
Trabalho gráfico por Hélio Arcanjo
Fotografias por Paulo Diva e Rui Cortez
Pinturas por João Ribeiro

license

all rights reserved

tags

about

Sopas de Chavalo Cansado Almada, Portugal

Bruno Figueiredo - Voz
Cláudio Campos - Baixo
Daniel Torgal - Bateria
Duarte Ribeiro - Guitarra

contact / help

Contact Sopas de Chavalo Cansado

Streaming and
Download help

Report this album or account

If you like Sopas de Chavalo Cansado, you may also like: